sexta-feira, 28 de agosto de 2015

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Ando enjoada dos novos remédios. Tenho tido muitas coisas para fazer e nenhuma vontade de vir postar aqui. A mente tem muitas ideias para crescer, expandir e criar. O corpo ainda não tem a mesma saúde. Temos que andar num mesmo ritmo, pois ou se aflinge por não realizar ou se machuca colocando mais do que pode. Balancearemos então, tentaremos então.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

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Coisas do dia a dia. Primeiro que não consigo fazer tudo num dia. Fico angustiada. Fico estressada. Difícil. Decidi há um tempo que faço só duas coisas por dia. Esse é um bom número. No caso pra mim é o número máximo de coisas que consigo. E assim consigo ser produtiva e não me estressar. Portanto, de uns dias pra cá resolvi que iria trabalhar no meu máximo. Para acostumar com ele e tentar aos poucos aumentar a eslasticidade dessas só-duas-coisas-por-dia.

O primeiro dia foi tranquilo. O segundo dia também. O terceiro dia eu já estava respirando fundo e pensando, ok, você da conta de fazer tudo. Depois de um tempo as duas coisas diárias já não me sufocavam tanto e passei para cinco coisas diárias. É bem dificil! Já tive uma crise de ansiedade do metrô, achando que não ia dar tempo de fazer tudo. Mas estou tentando. Não todos os dias, pois cinco coisas diárias são muitas coisas ainda para mim. Mas tento sempre expandir meus limites.

sábado, 8 de agosto de 2015

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A maior dificuldade está quando acordamos. A cama é para além de uma amiga. Amorosa, te acolhe, te abraça, te envolve e te sufoca. Saber sair desse marasmo enfermo é o mais difícil. O impulso primário nos falta. Se naqueles trinta minutos de sonolência não houve uma resposta positiva, aumenta a dificuldade do esforço necessário.

Levantar-se vira uma questão: porque deveria? O que a sociedade oferece para que se deva fazer tamanho esforço? O mundo continua igualmente a ontem e será minimamente igual amanhã. Levantar-se é viver. E continuar ali, dormir, a pairar sobre seus pensamentos, é morrer. Todos os dias escolhemos de alguma maneira se queremos viver ou morrer.

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Há muito tempo não escrevo aqui.  Deve ser sinal que estou melhor. Deve ser sinal que não cuido mais de mim. Deve ser sinal que não ligo mais tanto para minha bipolaridade. Não sei mesmo. Vou tentar escrever pelo menos uma vez na semana.

Tomei frente nas minhas decisões e diminuí meus remédios. Dizer que ando motivada, que acordo descansada ou ainda que existe vontade de sair e abraçar uma árvore, não. Não poso dizer. Estou melhor, mas o melhor não é o aceitável ainda.

Tenho sempre me questionar em tudo e conhecer o meu corpo para nao dar margem à crises de ansiedade. Descobri que meu atual limite é de fazer duas coisas por dia. Se agendar mais, ficarei aflita. Então trabalho sempre no limite, para acostumar com ele e tentar esticá-lo, pouco a pouco, e com segurança.

É horrível, me sinto as vezes inválida e fracassada. Mas eu por outro lado sei que a recuperação é lenta e que se eu forçar, retrocederei. A sociedade nos empurra para a pressa do aqui e agora mas não necessariamente estamos prontos pro imediatismo que sempre nos sufoca. É triste, mas é verdade.

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Todo mundo que quiser falar comigo pode deixar recado, eu responderei a partir de agora. Sou um pouco reservada então não sei se responderei exatamente o que quiser.
Não gosto de nomear remédios. Acho q estão na pauta entre o médico e o paciente. Converse sobre isso com seu médico, minhas experiências podem ter sido terríveis mas o remédio pode ser bom pra você. É isso.