terça-feira, 16 de dezembro de 2014

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Não é que eu seja realmente triste. É estranho para os de fora entenderem o que eu digo quando digo: depressão. A palavra às vezes assusta, ou cria riso. De qualquer forma, é sempre um entendimento distorcido. É estranho ver o outro na cama durante horas, sem movimento, ou, talvez, somente dormindo. E ainda mais estranho é ver esse mesmo outro reunir forças para sair desse estado de inércia e ir ao cinema. O que pesa entre o cinema e o resto da vida para fazer esse movimento de sair da cama? 

Motivação. Acredito que a palavra antagônica à depressão seja motivação. E é inexplicável as razões por quais alguém se motiva. A pessoa deve saber. Deve? É esse o maior problema e a maior dificuldade de se (tentar) sair de uma depressão. Nossos arredores querem uma explicação para a sua falta de motivação, sendo que você mal sabe a razão da sua motivação. Como lidar com tudo isso?

É complicado tentar assumir uma postura de um ser inabalável: aquele que não se abala com as questões do mundo, com as responsabilidades do futuro, com as explicações necessitadas dos entes queridos e ainda assim, ter que tentar-se motivar para um lugar melhor. Com isso, para ser menos incomodado e para tentar então me reenguer em busca da felicidade às vezes me mostro um ser feliz. É um grande desafio, e aí sim, vemos uma máscara feliz que colocamos, numa situação desagradávelmente triste, para esta não ser ainda pior.

2 comentários:

  1. Amiga nem penso mais no que os outros entendem ou deixam de entender.

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  2. Amiga nem penso mais no que os outros entendem ou deixam de entender.

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